segunda-feira, 2 de junho de 2008

Quando acho que já vi tudo....

Esta semana deparei-me com um site grotesco, que achei imperativo partilhar convosco.
Não vou acrescentar mais nada, porque me parece que qualquer palavra ou frase nunca poderia descrever o que vi.

www.midiaarabe.com

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Imaginem só...


Todas nós no final de um dia de trabalho, muitas vezes desgastante, só queremos ir para a nossa casinha para descançar... Pois é, mas as mulheres vítimas de violência doméstica não podem!

Na maioria das vezes o chegar a casa não é o final de um dia desgastante, mas sim o ínicio de um pesadelo!!!
É ir para um sítio onde não conseguem ter um minuto de sossego, um sítio onde a qualquer momento sem razão absolutamente nenhuma são agredidas física e psicologicamente...

Isto dito assim já parece dramático, agora imaginem viver isto todos os dias, por vezes anos a fio...

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Algumas frases retiradas de revistas femininas dos anos 50 e 60!!!


"O noivado longo é um perigo."

(Revista Querida, 1953)



"Mesmo que um homem consiga divertir-se com a sua namorada ou noiva, na verdade ele não irá gostar de ver que ela cedeu."

(Revista Querida, 1954)



"O lugar da mulher é no lar. O trabalho fora masculiniza."

(Revista Querida,1954)



"Não se deve irritar o homem com ciúmes e dúvidas."

(Jornal das Moças, 1957)



"Se o marido fuma, não arranje zanga pelo simples facto de cair cinzas no tapete. Tenha cinzeiros espalhados por toda a casa."

(Jornal das Moças, 1957)



"É fundamental manter sempre a aparência impecável diante do marido."

(Jornal das Moças, 1957)



"A mulher deve fazer o marido descansar nas horas vagas. Nada de incomodá-lo com serviços domésticos."

(Jornal das Moças, 1959)



"Se desconfiar da infidelidade do marido, a esposa deve redobrar o seu carinho e as provas de afecto."

(Revista Cláudia, 1962)


"A mulher deve estar ciente que dificilmente um homem pode perdoar a uma mulher que não tenha resitido a experiências pré-nupciais, mostrando que era perfeita e única, exactamente como ele a idealizara."

(Revista Cláudia, 1962)



"A desarrumação numa casa de banho desperta no marido vontade de ir tomar banho fora de casa."

(Jornal das Moças, 1965)




Atenção: estas barbaridades eram transmitidas às nossas avós e às nossas mães... Não estão tão distantes assim!!!

É a desgraça total!!!

Hoje fui convocada pelo estado português para comparecer a uma sessão de esclarecimento sobre o voluntariado no exército, qual não foi o meu espanto quando verifiquei que a carreira militar até é muito apelativa... Mas o pior estava para acontecer!!!
Após uma breve apresentação sobre as potencialidades de uma carreira no exército português, focando em especial a vertente financeira da coisa, começou o esclarecimento sobre as provas a realizar: físicas, médicas e psicológicas.
Até aqui tudo muito interessante e até convidativo...
Eis senão quando começa a triste mentalidade machista a entrar em acção!!!
Parece que para o exército português o facto de as provas físicas virem futuramente a ser iguais para os dois sexos é motivo de piada.
Quando falamos de abdominais e flexões parece que é tudo uma questão de as "meninas" treinarem um bocadinho, mas no que diz respeito à prova de corrida: desde que as "meninas" não parem durante o percurso para ver as montras até pode ser que cheguem lá...
Como se não chegasse, parece que as mulheres portuguesas que estão no desemprego têm mais sorte que os "nossos machos", pois têm sempre a vantagem de que se não arranjarem emprego têm sempre a solução de casarem para serem sustendadas pelos maridos...
O mais inacreditável foi a quatidade de "meninas" que perante esta aberração se riu e achou a maior das graças... Deviam ter vergonha... TODOS!!!
É inacreditável... senti-me mesmo insultada!!!

A mim NUNCA...



Quando pensares novamente em dizer que nunca serias vítima de violência doméstica, pensa duas vezes, pois este CRIME PÚBLICO não tem vítimas características...


Não há idade, classe social, escolaridade que protejam estas vítimas. Podemos sempre ser as próximas...


Depende de todas nós a que faremos após o primeiro ataque cobarde, as se pensam que a decisão de deixar o agressor é tão exacto com o 2 + 2 serem 4... Enganam-se!!!


Não se equeçam que nestes casos dramáticos, os agressores não são meros desconhecidos... Muitas vezes são as pessoas por quem estamos perdidamente apaixonadas! E aqui é que reside o dificuldade...

INFORMAÇÕES ÚTEIS

Se for agredida poderá:

Gritar, pedir socorro, procurar refúgio e auxílio em casa de vizinhos, amigos ou PSP (estas atitudes que podem reduzir ou acabar com a agressão).

Dirija-se a um Hospital ou Posto Médico para ser observada.
Apresente queixa na PSP ou qualquer outro órgão de policia criminal (as pessoas que presenciaram poderão servir de testemunhas).


Se pretende sair de casa, saiba que:

A lei protege-a quando há motivos sérios para abandonar o lar.

Se receia pela sua integridade física ou psicológica, pode sair de casa e levar os seus filhos, pois o seu objectivo é defender-se e evitar novas agressões. Contudo, deve dizer a alguém (familiares, vizinhos, amigos,...) o motivo porque saiu de casa.

Não perde o direito de lhe atribuírem o poder paternal dos seus filhos. E em caso de divórcio, tem o direito de pedir a pensão de alimentos, de voltar a morar na casa de família e direito ao recheio da mesma e outros bens.


Se o seu marido/companheiro a expulsou de casa:

Deve pedir ajuda à PSP ou outro órgão de polícia criminal.
Contactos

TELEFONES S.O.S.
"Vítimas de violência"

Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género (CIG) – É uma instituição governamental para a promoção da igualdade e direitos e oportunidades das mulheres. Possuem um gabinete de informação e consulta jurídica e uma linha verde de informação a vítimas de violência doméstica – 800202148, que funciona 24 horas por dia, 7 dias por semana.

Associação Portuguesa de Apoio á Vítima (APAV) – Possuem um alinha telefónica de informação e apoio a vítimas – 707200077, dias úteis das 10.00 - 13.00 / 14.00 – 17.00.

PSP / GNR – Estão disponíveis 24 horas por dia, todos os dias da semana. Recebem as queixas e encaminham para instituições de apoio e hospitais. Dirigem-se á residência da vítima quando recebem uma chamada, com pedido de ajuda.

Números nacionais:
- SOS Mulher 808 200 175 (Linha Azul)
- Informação Mulher Vítima de Violência: 800 202 148
- Solidariedade à Mulher : 808 202 710